O Gesto é um filme que retrata de forma livre e subjectiva a actividade profissional de nove pessoas distintas. Retratos estes, que se baseiam sobretudo no gesto que emerge e nos corpos que se criam através das diferentes actividades agregadas a histórias de vida.

Arqueologia de gestos e arqueologia de memórias para a criação de um terreno comum: onde reside o poder emancipatório de um gesto quando ele pode ser entendido na sua totalidade e na sua riqueza? Como é que falamos do que fazemos e como o que fazemos nos informa? Como podemos perceber o que nos rodeia a partir desse lugar único, que é o de cada um de nós em relação vibrátil com as coisas e com os outros?

Nos diferentes universos, a ideia de hierarquia de saberes é substituída pela análise da potência do como se faz ao invés do que se faz, insistindo-se na procura de qual será o conhecimento do corpo que existe para além do campo coreográfico e de como é que ele pode ser entendido e transmitido.

O Gesto, é também, resultado de um evento performativo que teve lugar em Outubro de 2016 em Lisboa, intitulado À VOLTA DA MESA, para um imaginário do gesto, co-produzido pelo Maria Matos Teatro Municipal. Alguns intervenientes dessa performance tornam-se agora personagens de um filme.

Projecto colectivo À VOLTA DA MESA, para um imaginário do gesto