Vera Mantero aborda nesta peça o trabalho do artista multidisciplinar e teórico português Ernesto de Sousa (1921-1988). Entre 1966 e 1968 este leva a cabo um amplo estudo e levantamento fotográfico sobre escultura popular portuguesa, nisso não diferindo de outros artistas da sua geração, explorando a possibilidade de “uma outra história da arte”, ou mesmo de uma “anti-arte”. Posteriormente Sousa, que já tinha feito uma breve carreira como realizador de cinema, faz um desvio em direcção à vanguarda e à arte experimental, como artista, curador e teórico, tornando-se muito próximo do movimento Fluxus e de artistas como Wolf Vostell, Robert Filliou, George Maciunas ou Joseph Beuys. Trabalhando a partir de imagens, acções, objectos e texto, o espectáculo de Mantero convoca ao mesmo tempo as pesquisas em torno do cinema, da arte popular e da arte experimental feitas por Ernesto de Sousa. E desta forma tenta uma renovação do mixed media e das ligações, muito desejadas por Sousa, entre arte popular e arte erudita.
As Práticas Propiciatórias dos Acontecimentos Futuros é uma criação feita a partir de uma proposta da historiadora de arte Paula Pinto, pesquisadora do arquivo fotográfico de Ernesto de Sousa em torno da arte popular.
Ficha Artística
Interpretação e Co-criação
Assistência
Apoio à Investigação*
Som e Objectos Sonoros
Desenho de Luz e Direcção Técnica
Captação de Imagem
Figurinos
Apoio à Execução de Adereços
Produção
Co-produção
Agradecimentos
* Investigação feita a partir da exposição ERNESTO DE SOUSA: “A MÃO DIREITA NÃO SABE O QUE A ESQUERDA ANDA A FAZER…” com curadoria de Paula Pinto para a XIX Bienal de Cerveira (2017).