Em 2006 e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança apresentei no Porto, no Balleteatro, uma pequena improvisação ao som da voz de Gilles Deleuze dando uma aula sobre Espinoza e o seu conceito dos três tipos de conhecimento possíveis ao ser humano (o discurso em causa centra-se no 1º tipo de conhecimento, e mais básico, aquele em que quase todos se movimentam...). Manipulei as temporalidades do discurso de Deleuze, mas apenas minimamente, porque este já possui temporalidades muito particulares. E baseei o meu movimento na insistência e no grounding, um corpo que pressiona e empurra espaços e vai todo em direcção ao chão. Esta proposta apresenta-se na linha de vários outros trabalhos que tenho feito, em que proponho multiplicidades que põem em interacção filosofia e intuição, verbal e não-verbal, racional e irracional. O Festival Escena Contemporânea viu no Youtube o precário vídeo que lá se encontra com um excerto dessa experiência, interessou-se e propôs-me que desenvolvesse e apresentasse este trabalho.
Vera Mantero
Ficha Artística
Vera Mantero
Banda Sonora
Gilles Deleuze (Excertos de “Spinoza: Immortalité et Éternité”)
Montagem da Banda Sonora
Vera Mantero com Vítor Rua e António Duarte
Luz
Bruno Gaspar
Produção
O Rumo do Fumo
Duração
20 minutos
Cronologia
30 Junho 2019, Festival Inequilibrio, Armunia, Castiglioncello/Itália
6 - 7 Abril 2017, Festival de Curitiba, Teatro da Reitoria, Curitiba/Brasil
31 Outubro - 1 Novembro 2015, Panorama 2015, Escola de Artes Visuais do Parque Lage – Árvores, Rio de Janeiro/Brasil