Dança não dança: arqueologias da nova dança em Portugal é um programa dedicado a diferentes manifestações da dança, procurando situar aquilo a que, nos anos 1990, se chamou a Nova Dança Portuguesa. Com a curadoria de João dos Santos Martins, Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Ana Dinger, o programa divide-se em três eixos, compreendendo um ciclo de eventos, um livro e uma exposição. Cada um destes eixos percorre o século XX e início do século XXI, problematizando à sua maneira (específica da sua medialidade) representações lineares do tempo, ecoando os restantes e dando a ver as danças e as suas histórias de diferentes perspetivas.
Inserida na programação do ciclo dança não dança, a (re)performance de Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois, peça de 1991 de Vera Mantero, constitui um dos raros momentos de cruzamento entre os protagonistas da Nova Dança Portuguesa e a Companhia Nacional de Bailado. Neste contexto, a obra — um solo fortemente baseado na improvisação — é dançada por Paulina Santos, bailarina solista da CNB, a quem Mantero a transmite. A performance teve lugar no dia 30 de Outubro 2023 na Escadaria Principal da Fundação Calouste Gulbenkian.
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