18 - 22 Março 2024, segunda a sexta das 10h às 17h
Espaço da Penha, Travessa do Calado 26B, Lisboa/Portugal
Em 2024, O Rumo do Fumo inicia uma sequência de formações com enfoque na improvisação em dança contemporânea. Começamos com o coreógrafo e bailarino norte-americano Mark Tompkins, cujo currículo é ímpar nesta área. Com a duração de uma semana, este workshop pretende proporcionar o encontro entre pessoas interessadas na área da improvisação em dança e artes performativas, por forma a se partilharem ideias, ferramentas e alavancas criativas para este trabalho.
Ao improvisar, cada artista está a trabalhar simultaneamente em diferentes níveis de percepção: ouvir, observar, sentir, agir, reagir a si próprio e aos seus parceiros num determinado espaço e tempo. A arte da composição em tempo real reside na capacidade de permanecer aberto à riqueza de impulsos internos e externos E de receber, processar e propor material num fluxo ininterrupto de feedback. Como estar atento, como evitar a sobrecarga, como não fazer nada e ainda assim agir? Estas são algumas das questões que iremos abordar através de uma série de improvisações, jogos e partituras simples, do solo ao grupo, que exploram a visão, a escuta e o tacto. Em seguida, praticaremos a execução das chaves essenciais da Composição em Tempo real: a questão da escolha, os estados intuitivos e voluntários, o tempo simultâneo, o desprendimento, a relação entre o intérprete e a testemunha.
Mark Tompkins
Ficha Artística
Mark Tompkins Bailarino, coreógrafo, cantor e professor americano, fundou a Companhia I.D.A. em 1983. A sua forma de fabricar objetos performativos não identificados, misturando dança, música, canção, texto e vídeo, tornou-se a sua assinatura. Solos, peças de grupo, concertos e performances improvisadas são elementos deste percurso iniciado nos anos 70, e com a cumplicidade do cenógrafo e figurinista Jean-Louis Badet desde 1988. A sua paixão pela Composição em Tempo Real leva-o a colaborar com bailarinos, músicos, desenhadores de luz e videomakers. Reconhecido pelo seu ensino, viaja por todo o mundo. Em 2008, recebe o Prémio de Coreografia SACD pelo conjunto da sua obra (Society of Dramatic Authors Composers). Fascinado pelas fricções e ressonâncias entre o alto e o baixo entretenimento, os seus espetáculos inspiram-se em formas populares como o cabaré, o music-hall, o musical e o burlesco, bem como em temas de ambiguidade e ambivalência. Canta e dança nos concertos de Sarah Murcia & músicos, NEVER MIND THE FUTURE e MY MOTHER IS A FISH, colabora com a coreógrafa Mariana Tengner Barros em A POWER BALLAD e RESURRECTION. Publicou recentemente ONE SHOT dialogues on real time composition, com Meg Stuart e as imagens de Gilles Toutevoix nas Editions L'œil d'or. As suas performances mais recentes: um solo STAYIN ALIVE (2018) e um trio CELEBRATION (2021).