7 Setembro - 30 Novembro 2024
Sábados das 14h30 às 17h30
Excepcionalmente em alguns dias de semana, das 18h30 às 21h30
Espaço da Penha, Travessa do Calado 26B, Lisboa/Portugal
Apresentação informal a 30 de Novembro 2024
uma organização O Rumo do Fumo
Encontramos frequentemente a improvisação em situação de espectáculo na área da música, mas menos frequentemente na área da dança e da performance. No entanto, há toda uma história da improvisação que tem vindo a acontecer na área da dança nas últimas décadas. É fundamental que essa história prossiga no nosso país e que sejam criados projectos para que isso seja possível.
Projectos em que bailarinos, músicos, iluminadores, cenógrafos e figurinistas se reúnem para trabalhar em composição instantânea, para refletirem sobre esse fenómeno que é ter já o público à espera na sala antes ainda de conhecerem a partitura ou a coreografia daquela noite, para criar um espectáculo no exacto momento em que este se desenrola perante os olhos de quem assiste, interagindo e conhecendo-se já em cena, dialogando não verbalmente e utilizando lógicas e associações diferentes daquelas que normalmente regem a nossa forma de conhecer, percepcionar e dialogar.
Este projecto de formação, com orientação de Mariana Tengner, pretende proporcionar o encontro entre pessoas interessadas na área da improvisação em dança e artes performativas, por forma a se partilharem ideias, ferramentas e alavancas criativas para este trabalho.
Outubro: 5, 12, 21, 26
Novembro: 2, 9, 16, 26
Ficha Artística
Mariana Tengner é coreógrafa, bailarina e performer. Licenciada em dança pela Northern School of Contemporary Dance-NSCD (Inglaterra 2003). Estagiou no Ballet Theatre Munich (Alemanha 2004). Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC (Portugal 2009). Entre 2004 e 2005 foi artista associada da NSCD e co-fundou o colectivo artístico The Resistance Movement (Inglaterra). Foi artista associada à EIRA (Lisboa) entre 2012 e 2016, tendo sido artista residente entre 2010 e 2012. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos países na Europa e América do Sul. Coreografou e interpretou inúmeras peças a solo e em grupo, salientando Après Le Bain (2011), The Trap (2011 vencedor do Prémio do Público Jardin D’Europe- Áustria) e A Power Ballad (2013) & Resurrection (2017) ambas co-criações com o coreógrafo Mark Tompkins. Como intérprete, destaca as colaborações com: Meg Stuart/ Damaged Goods, Francisco Camacho, Retina Dance, John Romão, Diana Niepce e Filipa Francisco. Em 2016 recebeu o Galardão de Mérito Municipal Cultural pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão pelo seu percurso profissional. É directora artística d'A Bela Associação e integra a banda Kundalini XS e o projecto musical performativo Digital Pimp Hard at Work. A improvisação é uma ferramenta constante nas suas práticas e trabalhos tanto ao nível da pesquisa como a premissa principal em alguns projectos, salientando o Solo Performance Commissioning Project em 2009, dirigida pela coreógrafa Deborah Hay (Findhorn, Escócia), tendo estreado a sua adaptação da coreografia At Once no âmbito de Nome Eira#3, em Lisboa (2011); as peças em colaboração com o músico Jonny Kadaver com base na improvisação Dance Against The Machine e Riders on the stage (2014/15) para a companhia Londrina Edge-The Place, apresentadas no Parque da Devesa, Casa das Artes, Famalicão e Instructions for the gods que estreou no âmbito da BoCA- Bienal de Artes Performativas no Museu do Chiado (2017); Karaoke Singing In The Rain- Performance/Instalação em colaboração com o arquitecto Pedro Bandeira para a Casa da Música ( 2007); Sleeps in motion watching us, colaboração com Abraham Hurtado e João Gridfonte no projecto Bridge on a wall na Galeria ZDB, Lisboa e Galerie Tristesse Deluxe, Berlin 2009; ADDK a process (Galeria da Boavista, 2012) com Vânia Rovisco; Improvisação a partir de ‘In C’ de Terry Riley (Fundação de Serralves e Festival Circular 2011) com direcção de Miquel Bernat e Mark Tompkins; THE LAB (Arbecey, 2016) e Serious Fun (Impulstanz, 2018) ambos dirigidos por Mark Tompkins e Meg Stuart; Atelier III (Bruxelas, 2017) de Meg Stuart, Josef Wouters e Jeroen Peeters e Maratona de Procrastinação (Jardim Botânico de Lisboa, 2021) dirigido por Sílvia Pinto Coelho e Lília Mestre e Convidados.